A atual pandemia encontrou o estado brasileiro sendo vampirizado pelo golpe, que, desde de 2016, tem acabado com a destinação do orçamento público para demandas urgentes da população. O regime fiscal implementado desde o Golpe acaba com a soberania do país para salvar seu povo, porque coloca as regras do Capital em primeiro lugar.
Os problemas brasileiros são muito antigos, mas durante os governos do PT houve um esforço para melhorar as condições de vida das pessoas mais pobres. O Golpe de 2016 interrompeu este esforço, agravando o quadro de colapso na saúde previsto com a explosão dos casos de covid19 previsto para maio.
Os problemas brasileiros são muito antigos, mas durante os governos do PT houve um esforço para melhorar as condições de vida das pessoas mais pobres. O Golpe de 2016 interrompeu este esforço, agravando o quadro de colapso na saúde previsto com a explosão dos casos de covid19 previsto para maio.
Orçamento da saúde antes e depois do golpe
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| Fonte: Luis Nassif |
Vemos portanto que é uma mentira que os governos do PT não investiram em saúde. Uma mentira estapafurdia, desmentida pelos dados, mas também por uma carta, enviada a Lula em 2018 (ver aqui), por 5 ex-dirigentes da FIOCRUZ e pesquisadores reconhecidos em suas áreas, e pelo presidente do sindicato dos trabalhadores da FIOCRUZ.
"Para além dos discursos, as ações do seu governo de apoio ao desenvolvimento da Fiocruz foram concretas e estruturantes, como a autorização de concursos públicos que permitiram a recuperação do nosso quadro funcional com o ingresso de 2.450 novos servidores entre 2006 e 2010 e outros 400 em 2014 (já no Governo da Presidenta Dilma), como o incremento do nosso orçamento, como a expansão de nossas plantas de produção de fármacos e imunobiológicos e a consolidação do projeto da presença nacional da Fiocruz, como a nossa decisiva participação no programa Farmácia Popular e a nossa convocação para participar em importantes atividades de formação de quadros profissionais para o SUS ..."
Os pesquisadores reafirmam categoricamente que nos governos do PT a pesquisa científica em saúde pública foi fortemente incentivada.
"E com esse olhar, reconhecemos, sem dúvida, que seu governo e também o da Presidenta Dilma atuaram de forma importante sobre esses fatores, promovendo fortemente políticas públicas de inclusão social, com a expansão do emprego e da renda para os setores menos favorecidos da sociedade, com programas como oBolsa Família, Minha Casa Minha Vida, implantação de milhares de cisternas em toda a região do Semiárido, com a retirada de milhões de famílias do mapa da fome, com a redução expressiva da mortalidade infantil. Promoveram também uma importante melhoria na assistência, com a implantação da Farmácia Popular, a expansão do Saúde da Família, com o Mais Médicos, a Rede Cegonha, a permanência e incremento dos programas de imunização, o SAMU, entre outros."
Comparamos, então, com o orçamento após a saída do PT.
Os pesquisadores reafirmam categoricamente que nos governos do PT a pesquisa científica em saúde pública foi fortemente incentivada.
"E com esse olhar, reconhecemos, sem dúvida, que seu governo e também o da Presidenta Dilma atuaram de forma importante sobre esses fatores, promovendo fortemente políticas públicas de inclusão social, com a expansão do emprego e da renda para os setores menos favorecidos da sociedade, com programas como oBolsa Família, Minha Casa Minha Vida, implantação de milhares de cisternas em toda a região do Semiárido, com a retirada de milhões de famílias do mapa da fome, com a redução expressiva da mortalidade infantil. Promoveram também uma importante melhoria na assistência, com a implantação da Farmácia Popular, a expansão do Saúde da Família, com o Mais Médicos, a Rede Cegonha, a permanência e incremento dos programas de imunização, o SAMU, entre outros."
Comparamos, então, com o orçamento após a saída do PT.
Logo assim que Dilma do PT foi derrubada, o golpista Michel Temer encaminhou a emenda constitucional do teto dos gastos - EC 95. O IPEA, na época, fez um parecer, sobre o impacto no orçamento da saúde, caso o teto dos gastos tivesse sido implementado em 2003, em comparação com o orçamento executado pelos governos do PT e o resultado está a seguir.
A emenda foi promulgada em 15 de dezembro de 2016. A insuspeita revista exame informou que os gastos de Temer ficaram abaixo do mínimo no primeiro trimeste de 2018. A revista carta maior explica o cenário resultante das medidas dos golpistas :
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Nota Técnica Ipea nº 28 - Os impactos do Novo Regime Fiscal para o financiamento do Sistema Único de Saúde e para a efetivação do direito à saúde no Brasil
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"Na área da saúde, a EC 95/2016 alterou o cálculo do mínimo constitucional e deixou de ser um percentual da receita para ser um valor corrigido apenas pela inflação. Com essa mudança, em 2019, o valor mínimo que deveria ser de R$ 131,3 bilhões, pela regra antiga, foi de apenas R$ 117,3 e, na realidade, o governo efetivamente gastou R$ 122,3 bilhões. Portanto, foram R$ 9 bilhões que fizeram muita falta na atenção básica e em outras áreas da saúde fundamentais para atender a população. Não surpreende, então, o fechamento de clínicas da família e a volta de doenças previamente erradicadas, tal como sarampo. Para 2020, o limite mínimo é de apenas R$ 121,2 bilhões, o que significa que poderíamos ter menos recursos do que o executado em 2019. Além da redução dos mínimos constitucionais de saúde e educação, o que é mais perverso na EC 95/2016 é a disputa por recursos entre áreas totalmente meritórias. O teto declinante para as despesas tem levado a corte sucessivos em diversas áreas. E, se o governo decidir ampliar os recursos para área da saúde, respeitando os limites do teto, como foi apontado, isso significa cortar recursos de outras áreas que já vem perdendo recursos. Como exemplo, as despesas sujeitas ao Decreto de Contingenciamento, em 2016, ano anterior à vigência da EC 95/2016, passaram de R$ 307,5 bilhões (a preços de 2020) para uma dotação aprovada no orçamento de 2020 de R$ 269,6 bilhões. "
Outro ataque fundamental ao sistema de saúde ocorreu em 2018 durante a greve dos caminhoneiros:
"Por fim, destaca-se ainda, dentre os ataques à saúde, a Medida Provisória 839/2018, que estabelece subsídios fiscais de R$ 9,58 bilhões ao óleo diesel como forma de pôr fim à greve dos caminhoneiros que paralisou o país no final de maio de 2018. A desoneração e consequente abdicação do recolhimento de recursos da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), em especial, trará impacto direto para o financiamento da política de saúde e prestação dos serviços, por se tratar de uma das contribuições basilares para o financiamento da Seguridade Social. Além disso, a política de saúde teve seu orçamento reduzido em R$ 179 milhões, valor que seria destinados inicialmente ao programa de fortalecimento do SUS, responsável por ações de melhoria da estrutura e da qualidade dos serviços de saúde. Trata-se de mais uma medida que favorece o capital, na disputa pelo fundo público."(ver aqui ).
Ontem e Hoje Ataques e perseguição à FIOCRUZ
A FIOCRUZ é uma instituição de Ciência e Tecnologia do governo Federal, que define sua missão nos seguintes termos:
"Promover a saúde e o desenvolvimento social, gerar e difundir conhecimento científico e tecnológico, ser um agente da cidadania. Estes são os conceitos que pautam a atuação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde, a mais destacada instituição de ciência e tecnologia em saúde da América Latina."
O seu conselho deliberativo repercutiu, em sua reunião no dia 4 de junho de 2018, os cortes orçamentários e emitiu a seguinte nota:
"Nota do Conselho Deliberativo da Fiocruz
O Conselho Deliberativo da Fundação Oswaldo Cruz, reunido em caráter extraordinário no dia 4 de junho de 2018, deu sequência ao diálogo permanente sobre o atual cenário político, econômico e institucional do país e analisou as recentes medidas de restrição do orçamento público, em especial na área social, decorrentes da medida provisória número 839, de 30 de maio de 2018. O país atravessa uma grave crise que traz repercussões para o setor saúde. A partir de um esforço pela manutenção de seu orçamento e de suas atividades, a Fiocruz tem conseguido dar respostas a uma série de desafios da saúde pública brasileira, como nos casos dos surtos de febre amarela, da tríplice epidemia de dengue, zika e chikungunya e do enfrentamento do surto de sarampo em Roraima. Nesse contexto de crescentes desafios na saúde e em outros campos da área social, é preocupante o avanço de medidas que restrinjam ainda mais os recursos destinados ao desenvolvimento de políticas públicas que visam ao bem estar da população, à CT&I e à soberania do país. É preocupante, portanto, o sinal dado pela medida provisória número 839, que cancela R$ 135 milhões de ações voltadas para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e reduz ainda mais o orçamento destinado à educação e a programas de ciência, tecnologia e inovação, entre outras. O cancelamento de R$ 5,2 milhões do orçamento da Fiocruz coloca desafios adicionais ao atual contexto institucional e a introdução de novas medidas desta natureza pode colocar em risco real o já difícil exercício de manutenção das ações necessárias ao enfrentamento dos problemas de saúde pública do país e de desenvolvimento da ciência e tecnologia para garantir a sustentabilidade do SUS."
O Conselho Deliberativo da Fundação Oswaldo Cruz, reunido em caráter extraordinário no dia 4 de junho de 2018, deu sequência ao diálogo permanente sobre o atual cenário político, econômico e institucional do país e analisou as recentes medidas de restrição do orçamento público, em especial na área social, decorrentes da medida provisória número 839, de 30 de maio de 2018. O país atravessa uma grave crise que traz repercussões para o setor saúde. A partir de um esforço pela manutenção de seu orçamento e de suas atividades, a Fiocruz tem conseguido dar respostas a uma série de desafios da saúde pública brasileira, como nos casos dos surtos de febre amarela, da tríplice epidemia de dengue, zika e chikungunya e do enfrentamento do surto de sarampo em Roraima. Nesse contexto de crescentes desafios na saúde e em outros campos da área social, é preocupante o avanço de medidas que restrinjam ainda mais os recursos destinados ao desenvolvimento de políticas públicas que visam ao bem estar da população, à CT&I e à soberania do país. É preocupante, portanto, o sinal dado pela medida provisória número 839, que cancela R$ 135 milhões de ações voltadas para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e reduz ainda mais o orçamento destinado à educação e a programas de ciência, tecnologia e inovação, entre outras. O cancelamento de R$ 5,2 milhões do orçamento da Fiocruz coloca desafios adicionais ao atual contexto institucional e a introdução de novas medidas desta natureza pode colocar em risco real o já difícil exercício de manutenção das ações necessárias ao enfrentamento dos problemas de saúde pública do país e de desenvolvimento da ciência e tecnologia para garantir a sustentabilidade do SUS."
A nota registra que as atividade da mais importante instituição de pesquisa na área de saúde da America Latina, estavam seriamente comprometidas. Porém os golpistas não ouvem os cientistas. Esta não foi a última nota do Conselho Diretor da FIOCRUZ. Em 2019 temos nova nota; relatando que: "O contingenciamento de 42,27% do orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), previsto pelo novo Decreto 9.741, coloca em risco real as ações necessárias ao enfrentamento dos problemas de saúde pública do país e de desenvolvimento da ciência e tecnologia para garantir a sustentabilidade do Sistema Único de Saúde.".
A ABRASCO também repercute um artigo acadêmico publicado no Periódico -The Lancet-. sobre o numero < DOI:https://doi.org/10.1016/
A ABRASCO também repercute um artigo acadêmico publicado no Periódico -The Lancet-. sobre o numero < DOI:https://doi.org/10.1016/
O sanitarista Adriano Massuda comenta no valor econômico "As restrições fiscais implementadas a partir de 2016 marcaram o início de um período de retrocesso nas conquistas obtidas pelo sistema universal de saúde". Logo, são as restrições após o golpe em Dilma. O sanitarista completa " Mas em paralelo temos novas diretrizes ambientais, educacionais e de saúde do governo [Jair] Bolsonaro que podem reverter muito rapidamente os progressos, comprometer a sustentabilidade do SUS e a capacidade de cumprimento da obrigação constitucional na prestação de cuidados de saúde às populações". Sendo assim, o fantoche Bolsonaro é apenas a continuidade do golpe. Lembrando que a Emenda Constitucional do corte dos gastos foi aprovada no Senado e na Câmara com ampla maioria -
veja aqui a lista dos senadores que votaram contra e a favor da PEC dos gastos. Pode se ver o PT votando unido contra essa medida, assim como na Câmara - ver a lista aqui, na qual, entre os deputados do DEM, está o nome do ministro da saúde Luis Henrique Mandetta, que agora demitido, declara: " A ciência é a luz, é o Iluminismo, é através dela que nós vamos sair. Apostem todas as suas energias na ciência. Não tenham uma visão única, não pensem dentro da caixinha”, mas nunca poupou esforços para atacar a FIOCRUZ, enquanto esteve no cargo. Como comenta Ildeu de Castro Moreria, presidente da SBPC, em matéria na Deuche Welle em 8 de abril de 2019. "Está ocorrendo um desmonte do sistema nacional de ciência e tecnologia, colocando em risco grupos de pesquisa constituídos nos últimos anos. O atual corte pode afetar grandes projetos como o Sirius e o Laboratório Nacional de Luz Síncotron, que o Brasil construiu a duras penas, ou o Laboratório de Ciência e Computação (LCC), que podem não ter condições de operar sem manutenção", esta é a forma como a equipe , ou seria uma gangue, do hipócrita Mandetta lida com a ciência e tecnologia. Alem dos cortes orçamentários, uma horda fascista resolveu ameaçar os pesquisadores da FIOCRUZ, que pesquisam a cloroquina, as ameaças chegam a esses pesquisadores pelas redes sociais. A FIOCRUZ emitiu uma nota sobre isso(ver aqui ), esse é mais um caso de perseguição politica. Essa não foi a primeira vez na história, que a FIOCRUZ foi atacada, durante a ditatura ocorreu uma demissão em massa de pesquisadores, curiosamente esse evento esta fazendo 50 anos e ficou conhecido como o massacre de Manquinhos. Ano passado um livro foi lançado, com o objetivo de manter viva a memória deste ataque a pesquisa ciêntifica por parte da ditadura. Certamente esse ataque teve consequências, nos anos seguintes uma terrivel epidemia de meningite atingiu São Paulo, em particular os bairros da periferia, a ditadura censurou a existência da epidemia o quanto pode, até que os bairros centrais começaram a ser atingidos, isso obrigou a ditadura a mudar sua orientação (ver aqui).
Corte nos gastos públicos. Incentivo aos planos de saúde privados
Na página do Ministério da Saúde pode se ler: "Ao abordar a questão, Luiz Henrique Mandetta ressaltou que o SUS caminha de forma muito sólida para ampliar a promoção à saúde e o acesso à prevenção na Atenção Primária. Nesse sentido, o ministro citou o exemplo do Programa Médicos pelo Brasil, que contratará médicos especialistas (em regime CLT) em medicina de família e comunidade para as áreas mais carentes. Outra ação em andamento é o Programa Saúde na Hora, que já conta com a habilitação de mais de 900 Unidades de Saúde da Família, que passam a ampliar o horário de atendimento, funcionando no horário do almoço até o período noturno, além dos fins de semana. A ideia é reforçar a assistência na porta de entrada do SUS, capaz de resolver até 80% dos problemas de saúde da população."O tom otimista da propaganda governamental contrasta com a notícia que dá. Mandetta tem um plano pra flexibilizar a carreira dos médicos no SUS, que são contratados com estabilidade e direitos de funcionalismo para médicos celetistas que podem ser demitidos facilmente. Em uma medida mais recente, informada pela revista Isto é no ultimo 20 de março, Mandetta liberou 10 bilhões para os planos de saúde. O próprio Mandetta se explica
"A Agência Nacional Saúde faz com que os planos de saúde depositem um recurso, um dinheiro, que é a garantia, para, caso deixem de funcionar, paguem as pessoas. Esse fundo garantidor, desde 2012, 2013, 20% dele pode ser utilizado para a construção de hospitais, compra de equipamentos. E o setor vinha usando pouco esse recurso. A burocracia era muito difícil. Praticamente não mexeram com isso. O valor total somado, o fundo chega a R$ 53 bilhões depositados no banco para situações como essa".
Curioso é que Mandetta considerou que a OMS demorou para declarar Pandemia e essa declaração foi publicada no Correrio Brasiliense em 11 de março , 9 dias antes do reforço aos planos de saude
"A OMS demorou para decretar a pandemia e isso fez com que muitos países ficassem procurando nexo para seguir um protocolo rígido ", imaginamos que para Mandetta esse protocolo rigoroso esteja associado a sustentar os planos privados. A ajuda de Mandetta, certamente veio em boa hora para os planos privados, que estavam perdendo clientes como vemos nessa entrevista no jornal Estado de Minas , concedida por Alexandre Ruschi , presidente da Central Nacional da Unimed, segundo Ruschi
"O sistema de saúde privado brasileiro perdeu milhões de clientes ao longo dos últimos cinco anos, algo como 5% ou 6% do total.". Em outra entrevista ao correio Brasileinse concedida em outubro passado por Mauricio Nunes diretor adjunto de normas da ANS-Agencia Nacional de Saude Suplementar - comenta que o aumento do numero de idosos e a diminuição da taxa de fecundidade brasileira tras problemas para os planos de saude "Isso significa menos gente para financiar o sistema, em um momento em que há o envelhecimento da população, o que leva a um uso mais constante dos planos de saúde. Esses números podem ser um alerta". E ele continua "O que aconteceu no país foi um grande aumento (na longevidade) em pouco tempo. Alguns países levaram mais de um século para chegar a isso". Mauricio fala mais claramente "Não é possível falar em sustentabilidade do setor sem falar em mutualismo para redução dos custos, já que uma pessoa, sozinha, não teria condições de bancar os custos dos serviços". Mandetta não faltou aos planos de saude, mas não pensou duas vezes em votar pelo corte dos gastos na continuidade do golpe . Esta claro a qual senhor Mandetta serve.
“As reformas deixam o Brasil em uma situação tão boa como eu nunca vi em minha carreira”. A carta da conjuntura do IPEA, aponta que :"O baixo dinamismo da atividade econômica tem se refletido em um mercado de trabalho com dificuldades para reagir. A taxa de desemprego voltou a cair a partir do trimestre móvel encerrado em fevereiro, em termos dessazonalizados, depois de leve alta nos meses finais de 2018 e início de 2019, mas se mantém ainda em patamar elevado, de 12%.", então é essa a ''situação tão boa'', no trecho a seguir as coisas ficam claras ." E o desemprego está em 12%, o que significa que podemos crescer sem criar pressão inflacionária", para um banqueiro o desemprpego é bom , certamente não para a classe trabalhadora , afinal de contas é com o rebaixamento do preço da mão de obra que os banqueiros lucram. Outro importante filantropo é o banco santander, que faz caridade com o chapeu alheio . Um dado muito importanto é que após o golpe de 2016 os bancos tem batido recordes de lucro veja o gráfico:
A Economatica se apresenta como "A maior empresa de informações financeiras sobre a América Latina.", o relatório desta empresa é feito "Com base nos demonstrativos financeiros publicados pelas empresas de capital aberto na CVM, a Economatica efetua o levantamento dos principais dados contábeis dos quatro maiores bancos de 2008 até 2017. O levantamento considera os números do Bradesco, Banco do Brasil, ItauUnibanco e Santander." Um dado merece destaque "A relação de receitas vs pessoal em 2017 é de 141,7%, o que significa que os serviços bancários cobrem toda a despesa com pessoal. O maior valor percentual foi registrado em 2014, quando a relação foi de 150,8%.", veja o grafico
Este comunicado do sindicato dos bancarios do Rio, mostra como os banqueiros tratam seus empregados. Nessa matéria o sindicato dos bancarios de São Paulo, mostra como a queda dos juros flexibiliza os direitos trabalhista dos bancarios citamos um trecho da reportagem:
"Na reportagem da Folha de S.Paulo, os especialistas ouvidos pelo jornal apontam a redução no número de ações trabalhistas como um dos fatores que limitam a queda na taxa de juros porque sustentam os altos spreads bancários — a diferença entre a taxa que o banco capta dinheiro no mercado e cobra para emprestar aos clientes.
Enquanto os planos de saude são beneficiados, o SINDESEP São Paulo denuncia as condições de trabalho de médicos e enfermeiros, denunciando a falta de Equipamentos de Proteção Individual e a transferência de recursos públicos para o setor privado, em Belem trabalhadores da saude saem em manifestação reivindicando mais Equipamento de Proteção Individual. Contudo, não são apenas os trabalhadores da saude, a CUT informa que trabalhadores da gol foram proibidos de usar mascaras durante a pandemia(ver aqui). Simultaneamente a CUT informaa que Rodrigo Maia esta para colocar em votação na Camara MP905 que flexibiliza todos os contratos de trabalho, em meio a pandemia e o STF aprova a criação de acordos individuais entre patrão e empregado, sem a participação de sindicato, enquanto todas as atenções estão voltadas para a progressão do virus, as intituições aproveitam para passar toda a sorte de ataques aos trabalhadores, essa é a continuidade do golpe que teve inicio com a derrubada de Dilma. Não ha trégua, a luta de classe fica ainda mais dura, em tempos de pandemia."A OMS demorou para decretar a pandemia e isso fez com que muitos países ficassem procurando nexo para seguir um protocolo rígido ", imaginamos que para Mandetta esse protocolo rigoroso esteja associado a sustentar os planos privados. A ajuda de Mandetta, certamente veio em boa hora para os planos privados, que estavam perdendo clientes como vemos nessa entrevista no jornal Estado de Minas , concedida por Alexandre Ruschi , presidente da Central Nacional da Unimed, segundo Ruschi
"O sistema de saúde privado brasileiro perdeu milhões de clientes ao longo dos últimos cinco anos, algo como 5% ou 6% do total.". Em outra entrevista ao correio Brasileinse concedida em outubro passado por Mauricio Nunes diretor adjunto de normas da ANS-Agencia Nacional de Saude Suplementar - comenta que o aumento do numero de idosos e a diminuição da taxa de fecundidade brasileira tras problemas para os planos de saude "Isso significa menos gente para financiar o sistema, em um momento em que há o envelhecimento da população, o que leva a um uso mais constante dos planos de saúde. Esses números podem ser um alerta". E ele continua "O que aconteceu no país foi um grande aumento (na longevidade) em pouco tempo. Alguns países levaram mais de um século para chegar a isso". Mauricio fala mais claramente "Não é possível falar em sustentabilidade do setor sem falar em mutualismo para redução dos custos, já que uma pessoa, sozinha, não teria condições de bancar os custos dos serviços". Mandetta não faltou aos planos de saude, mas não pensou duas vezes em votar pelo corte dos gastos na continuidade do golpe . Esta claro a qual senhor Mandetta serve.
Filantropia ou Parasitismo
Marcos Emilia Gomes, articulista da Veja, cobrou os bancos privados a comparecerem com doações ao combate a pandemia "Os três grandes bancos privados que operam no Brasil lucraram 63 bilhões em 2019, 18% mais do que no ano anterior. O Itaú, líder do ranking em dinheiro, teve lucro líquido de 26,6 bilhões, com crescimento de 6,4% em relação ao ano anterior. O Bradesco aumentou seus lucros em 18,32%, com um acumulado de R$ 22,6 bilhões. O Santander também teve percentual de lucro maior do que o do Itaú, com 16,6%, somando R$ 14,2 bilhões. Os números apareceram na primeira quinzena de fevereiro e há algumas divergências quanto a esse total. Pode ser que o acumulado dos três bancos seja R$ 5 bilhões maior do que essa conta." a revista exame informa de doações de bancos um pouco menores (ver aqui), a lista atualizada se encontra aqui, alguns dos doadores merecem destaque. É o caso do ITAU, o CEO do ITAU, Candido Bracher, em entrevista a revista exame em 30de julho de 2019, comemorou o avanço das contra reformas no congresso nos seguintes termos :“As reformas deixam o Brasil em uma situação tão boa como eu nunca vi em minha carreira”. A carta da conjuntura do IPEA, aponta que :"O baixo dinamismo da atividade econômica tem se refletido em um mercado de trabalho com dificuldades para reagir. A taxa de desemprego voltou a cair a partir do trimestre móvel encerrado em fevereiro, em termos dessazonalizados, depois de leve alta nos meses finais de 2018 e início de 2019, mas se mantém ainda em patamar elevado, de 12%.", então é essa a ''situação tão boa'', no trecho a seguir as coisas ficam claras ." E o desemprego está em 12%, o que significa que podemos crescer sem criar pressão inflacionária", para um banqueiro o desemprpego é bom , certamente não para a classe trabalhadora , afinal de contas é com o rebaixamento do preço da mão de obra que os banqueiros lucram. Outro importante filantropo é o banco santander, que faz caridade com o chapeu alheio . Um dado muito importanto é que após o golpe de 2016 os bancos tem batido recordes de lucro veja o gráfico:
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| Fonte: Poder 360 |
A Economatica se apresenta como "A maior empresa de informações financeiras sobre a América Latina.", o relatório desta empresa é feito "Com base nos demonstrativos financeiros publicados pelas empresas de capital aberto na CVM, a Economatica efetua o levantamento dos principais dados contábeis dos quatro maiores bancos de 2008 até 2017. O levantamento considera os números do Bradesco, Banco do Brasil, ItauUnibanco e Santander." Um dado merece destaque "A relação de receitas vs pessoal em 2017 é de 141,7%, o que significa que os serviços bancários cobrem toda a despesa com pessoal. O maior valor percentual foi registrado em 2014, quando a relação foi de 150,8%.", veja o grafico
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| Fonte: Economatica |
"Na reportagem da Folha de S.Paulo, os especialistas ouvidos pelo jornal apontam a redução no número de ações trabalhistas como um dos fatores que limitam a queda na taxa de juros porque sustentam os altos spreads bancários — a diferença entre a taxa que o banco capta dinheiro no mercado e cobra para emprestar aos clientes.
Para a economista da subseção do Dieese da Contraf-CUT, Vivian Machado, esse discurso que tenta responsabilizar o trabalhador pelas altas taxas de juros é um absurdo.
Ela explica que os custos que compõem os spreads bancários são determinados pelas despesas administrativas (onde entra o cálculo dos passivos trabalhistas), inadimplência e lucratividade."
Vivian Machado esclarece que
“Apenas com as receitas de tarifas e prestação de serviços os banqueiros cobrem com folga todas as despesas administrativas e ainda sobra. Dá para pagar até duas vezes a folha de pagamento.” Como vimos no gráfico acima .
Um outro comentario precisa ser feito, esses bancos contam com uma enorme massa de capitais em suas mãos e precisam executa-la em alguma atividade, para que, essa massa de capitais se valorize e suas taxas de lucro continuem positivas(ver aqui).
Essa discussão sobre bancos, nos faz recordar de uma passagem do programa de transição da IV Internacional escrito por Trotsky em 1938
"O imperialismo significa o domínio do capital financeiro. Ao lado dos consórcios e dos trustes, freqüentemente acima deles, os bancos concentram em suas mãos o comando real da economia. Na sua estrutura, os bancos refletem, sob forma concentrada, toda a estrutura do capitalismo contemporâneo: combinam tendências de monopólio com tendências de anarquia. Organizam milagres de técnica, empresas gigantescas, trustes poderosos; organizam também, a carestia, as crises, o desemprego. impossível dar um só passo sério na luta contra o despotismo dos monopólios e a anarquia capitalista, que se completam um ao outro em sua obra de destruição, se deixamos as alavancas dos comandos dos bancos nas mãos dos bandidos capitalistas.
A fim de realizar um sistema único de investimento e de crédito, segundo um plano racional que corresponda aos interesses do povo inteiro, é necessário fundir todos os bancos numa instituição única. Somente a expropriação dos bancos privados e a concentração de todo o sistema de crédito nas mãos do Estado colocarão à disposição deste os meios reais necessários, quer dizer, materiais e não apenas fictícios e burocráticos, para a planificação econômica.
A expropriação dos bancos não significa de nenhum modo a expropriação dos pequenos depósitos bancários. Pelo contrário: para os pequenos depositantes o BANCO ÚNICO DO ESTADO poderá criar condições mais favoráveis que os bancos privados. Da mesma maneira, apenas o banco do Estado poderá estabelecer para os pequenos agricultores, artesãos e pequenos comerciantes condições de crédito privilegiadas, isto é, baratas. Mais importante, ainda, é, entretanto, o fato de que toda a economia, sobretudo a indústria pesada e os transportes, dirigida por um único estado-maior financeiro, servirá aos vitais interesses dos operários e de todos os outros trabalhadores.
A ESTATIZAÇÃO DOS BANCOS não dará, entretanto, esses resultados favoráveis a não ser que o poder do próprio Estado passe inteiramente das mãos dos exploradores às mãos dos trabalhadores."
Outra grande empresa privada que merece destaque é a Vale , embora esta não seja um banco, a vale comparece com somas vultosas da ordem de 1,5 milhão , alem da compra de testes rapidos. Porém, a Vale ainda conta com dívidas pendentes nas tragédias de Mariana e Brumadinho, inclusive dividas trabalhistas. A solução para a Vale também parece estar prevista no programa da IV Internacional , nos seguintes termos:
Outra grande empresa privada que merece destaque é a Vale , embora esta não seja um banco, a vale comparece com somas vultosas da ordem de 1,5 milhão , alem da compra de testes rapidos. Porém, a Vale ainda conta com dívidas pendentes nas tragédias de Mariana e Brumadinho, inclusive dividas trabalhistas. A solução para a Vale também parece estar prevista no programa da IV Internacional , nos seguintes termos:
"O programa socialista da expropriação, isto é, da derrubada política da burguesia e da liquidação de seu domínio econômico, não deve, de nenhuma maneira, impedir-nos, no presente período de transição, de reivindicar, apresentando-se a ocasião, a expropriação de certos ramos da indústria entre os mais importantes para a existência nacional ou de certos grupos da burguesia entre os mais parasitários...."
Hoje a palavra de ordem da estatização parece uma necessidade cada dia mais dramatica, como continua Trotsky no mesmo programa de Transição.
"A necessidade de lançar a palavra-de-ordem de expropriação na agitação quotidiana, de maneira fracionada, portanto, e não apenas do ponto de vista propagandístico, isto é, sob sua forma geral, decorre do fato de que os diversos ramos da indústria passam por diversos estágios de desenvolvimento, ocupam várias funções na vida da sociedade e passam por diferentes graus da luta de classes. Apenas o ascenso revolucionário geral do proletariado pode colocar a expropriação geral da burguesia na ordem do dia. O objetivo das reivindicações transitórias é preparar o proletariado a resolver esse problema".
No momento em que essa matéria esta sendo escrita, são 2141 mortes (ver aqui).
A imprensa notifica que entre os 15 paises mais afetados, Brasil é o decimo quarto e também ostenta a posição de pais que menos testa casos suspeitos de Covid-19, entre os 15 mais afetados. Portanto o numero de casos oficialmente informado esta certamente subdimensionado, os modelos matematicos(ver aqui e aqui ) dimensionam que o numero de casos pode ser 15 vezes maior(ver na Deuche Welle).
A subnoticiação é reconhecida pelo poder público, o que não é reconhecido é a relação da falta de testes com a falta de investimentos em ciência e tecnologia, não é reconhecida a relação desses numeros com o golpe de 2016 e a politica econômica de asfixia da nação, oriunda da derrubada de Dilma e do PT, em especial da ciência e tecnologia. Não pelos governantes, mas a comunidade ciêntifica reconhece sim . Ver aqui carta dos pós graduandos da UFRGS, reivindicando "a revogação das portarias nº 18/2020, nº 20/2020, nº 21/2020 e nº 34/2020. ", portanto são cortes realizados este ano, porem continuidade de uma politica golpista referencada por todas as instituições. Nós do blog ciência & revolução apoiamos e chamamos aapoiar os pós graduandos.
A Barbarie que ja afetou o Equador, chega ao Brasil
A consequência de todas esses ataques contra a Ciência&Tecnologia, após o golpe em Dilma e Roussef, e no PT , não poderia ser outra quem não a barbarie. Os numeros do COVID-19 começam a mostrar toda a sua dramaticidade.
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| Fonte: Nexo |
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| Fonte: UFPEL |
A subnoticiação é reconhecida pelo poder público, o que não é reconhecido é a relação da falta de testes com a falta de investimentos em ciência e tecnologia, não é reconhecida a relação desses numeros com o golpe de 2016 e a politica econômica de asfixia da nação, oriunda da derrubada de Dilma e do PT, em especial da ciência e tecnologia. Não pelos governantes, mas a comunidade ciêntifica reconhece sim . Ver aqui carta dos pós graduandos da UFRGS, reivindicando "a revogação das portarias nº 18/2020, nº 20/2020, nº 21/2020 e nº 34/2020. ", portanto são cortes realizados este ano, porem continuidade de uma politica golpista referencada por todas as instituições. Nós do blog ciência & revolução apoiamos e chamamos aapoiar os pós graduandos.
Trabalhadores de saude submetidos ao COVID -19
Volta PT ! Por um governo de emergencia para defender a nação e anular todas as medidas dos golpistas.
O Nucleo de base do PT -Ningue Fica para trás - enviou recentemente uma carta ao diretório nacional do partido. Onde se pode ler:"Mas basta dizer o que deve se tirar do governo? Infelizmente, não.
É necessário todo um conjunto de medidas governamentais que sigam as recomendações da OMS e compensem o povo pelo isolamento garantindo suas condições economicas de ficar em casa com saúde. Um governo responsável com as vidas também deve aplicar o conjunto de propostas apresentadas pelos movimentos e frentes para enfrentar a crise e são muitas as necessidades que devem ser atendidas.
Nos perguntemos honestamente: quem chegou ao governo através de um golpe no mandato que o Partido dos Trabalhadores recebeu do povo, aprofundada pela prisão de Lula, pode neste momento de crise salvar as vidas das pessoas mais pobres deste país? Não são os maiores riscos que sofremos hoje resultado do conjunto de medidas golpistas que estão destruindo a ciência, a saúde e os serviços publicos essenciais?"
Os governos do PT deixaram reservas cambiais vultosas
Quando comparadas a outros paises, vemos sua real magnitude
Os governos do PT deixaram reservas cambiais vultosas
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| Fonte: Nexos |
Porem no ano de 2019, Bolsonaro-Guedes e Mandetta queimaram um total de 181 milhões por dia e este ano continuou a farra com nossas reservas (ver aqui).
Infelizmente, os gráficos, as tabelas , os numeros, as estatísticas, em resumo, os fatos mostram que o Núcleo do PT tem toda a razão! Não basta derrubar Bolsonaro, é necessario dizer quem deve substituí-lo e quem deve é o partido golpeado, que nunca deveria ter sido removido e isso é urgente, antes que o desastre se abata sobre toda a nação como ocorreu no Equador, onde sobre a direção do fantoche Lenin Moreno, 800 corpos foram removidos de suas casas .
Um governo do PT com uma plataforma de emergencia para combater a pandemia .
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